Jonathan nos jogos Panamericanos de 2023, em Santiago/ Foto – Reprodução: Instagram
Com uma trajetória marcada por idas e vindas, o carioca Jonathan Matias é hoje o número 1 do ranking nacional e uma das principais esperanças brasileiras no badminton. Após uma pausa na carreira para servir o Exército, retornou às quadras com sede de vitória e mira agora o ciclo olímpico rumo a Los Angeles 2028.
Primeiros passos na Chacrinha: o início de tudo
Nascido no Rio de Janeiro, Jonathan Matias conheceu o badminton em 2008, por um convite insistente do amigo e hoje companheiro de Seleção, Ygor Coelho. Moradores da comunidade da Chacrinha, os dois foram juntos acompanhar a inauguração de quadra específica para modalidade na região, foi quando Jonathan se interessou pelo esporte.
“O Ygor foi na porta da minha casa me convidar. Não queria ir muito não, mas minha mãe falou ‘vai, vai’. Fui e acabei gostando do esporte”, relembra. A partir dali, iniciou sua formação na Associação Miratus, projeto social referência na revelação de atletas no badminton brasileiro.
Parada, saudade e retorno ao esporte
Em 2019, após não conquistar a vaga para os Jogos Olímpicos da Juventude, Jonathan decidiu interromper sua jornada no esporte e ingressou no Exército, servindo na Brigada de Infantaria Paraquedista. Apesar da experiência marcante, a distância das quadras começou a pesar. “No início foi legal, cheguei a saltar algumas vezes, mas depois pensei: ‘Podia estar entre os melhores do badminton brasileiro, o que estou fazendo aqui no quartel?’”, lembra.
A saudade virou motivação. Em 2020, Jonathan retornou aos treinos. Dois anos depois, conquistou o ouro nos Jogos Sul-Americanos em Assunção, no Paraguai. “Foi um momento único, incrível. Acho que foi o título mais importante da minha carreira. Passei por adversários muito fortes e uma pressão mental grande, porque eu queria muito ganhar”, mencionou.
Autocobrança e amadurecimento
Hoje com 25 anos, Jonathan lidera o ranking nacional e ocupa a 123ª colocação no mundial. Mas nem só de medalhas se constroi um atleta de alto rendimento.
Jonathan revela ser muito exigente consigo mesmo, por vezes, isso interfere em sua rotina. “Tenho que entender que existem dias bons e ruins. Quando não treino bem, isso me incomoda demais”, explica. Desde janeiro, ele tem feito acompanhamento psicológico para transformar essa cobrança em combustível positivo. “Já estou sentindo diferença. Estou treinando melhor desde que comecei”, afirma.
Um olho no presente e outro em Los Angeles
Depois de não garantir vaga para Paris 2024, Jonathan viveu um momento de tristeza muito grande em sua carreira. “Chorei muito quando vi que não me classifiquei. Não consegui nem assistir aos Jogos, tamanha era minha frustração. Me doeu muito”, revela. Agora, está treinando forte para alcançar o principal objetivo de sua carreira, disputar as Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.
Outro objetivo importante é o Pan Am Individual do ano que vem. “É uma competição que tem sido uma pedra no meu sapato. Tenho batido na trave nas últimas edições. Quero muito chegar ao pódio”, afirma.
Confira o Resenha Badbrothers completo com o Jonathan a seguir:
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João Pedro Camacho