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De Brasília para o topo das Américas: a trajetória inspiradora de Marcelo Alves no parabadminton

Foto – Reprodução: Instagram/@marcelobadminton

Após transformar um acidente em ponto de partida para uma nova história, Marcelo Alves se consagrou como um dos maiores nomes do parabadminton brasileiro. Número 1 do ranking nacional e top 10 do mundo, o paratleta de 39 anos é bicampeão pan-americano, coleciona títulos internacionais e mira agora sua maior ambição: disputar os Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028.

Do acidente ao esporte: um recomeço em quadra

Natural de Brasília, Marcelo Alves viu sua vida mudar completamente em 2007, quando sofreu um acidente de ônibus que resultou em uma lesão medular. Anos depois, em busca de qualidade de vida e fortalecimento físico, começou a explorar o diferentes esportes paralímpicos. Foi em um centro de referência que teve o primeiro contato com três modalidades: basquete em cadeira de rodas, tiro ao alvo e badminton. A escolha foi rápida. “Me adaptei muito bem ao badminton e percebi que ali poderia crescer”, relembra.

Desde então, Marcelo construiu uma trajetória de superação e excelência no esporte. Na cadeira de rodas, ele reencontrou a liberdade: “Na quadra, esqueço que sou deficiente. Me sinto livre, me sinto solto”, diz com orgulho.

Títulos, parcerias e rotina de treinos

Campeão no simples, nas duplas masculinas e mistas na última etapa nacional, Marcelo também vem brilhando em competições internacionais. Em março, conquistou o ouro nas duplas masculinas no Internacional da Espanha e soma duas medalhas de ouro pan-americanas, em Lima 2019 e Santiago 2023. 

Em Brasília, treina com frequência ao lado de Julio Godoy, parceiro das duplas masculinas. “Estarmos na mesma cidade facilita muito. Voltamos das competições e já conseguimos corrigir o que precisa ser melhorado”, conta. Já com Ana Gomes, sua parceira nas duplas mistas, o entrosamento acontece mesmo à distância, com encontros apenas durante os campeonatos, o que não impediu a conquista de mais um ouro na etapa nacional em São Paulo.

Uma vida transformada pelo esporte

Antes do acidente, Marcelo era apaixonado por futebol. Hoje, o parabadminton é sua paixão e profissão. “O esporte mudou minha vida. Me trouxe saúde, força, disciplina e um novo propósito”, afirma. A prática constante o ajuda não apenas no desempenho competitivo, mas também na saúde física. Segundo ele, para pessoas cadeirantes, a atividade física é fundamental para evitar o ganho de massa e manter o bem-estar.

Fora das quadras, sua vida pessoal também foi impactada pelo esporte. É casado com sua técnica, Claudia Dionice, com quem compartilha a rotina esportiva. Além da esposa, seu filho, o Miguel de oito anos, também está entrando na modalidade, mais um para dividir a paixão pelo badminton.

Olhar para o futuro: o sonho de Los Angeles

Apesar da forte concorrência dos países asiáticos, que dominam o cenário mundial do parabadminton, Marcelo encara os duelos com esses gigantes como uma oportunidade de evolução. “Eles ainda são superiores, mas estamos treinando duro. A cada competição chegamos mais preparados. Uma hora, vamos conseguir vencê-los”, mencionou.

Atualmente, na 9ª posição do ranking mundial da categoria WH1, Marcelo segue determinado. Seu foco é claro: conquistar uma vaga para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. E com a trajetória que já construiu, o caminho até lá parece mais do que possível, parece inevitável.

Confira a entrevista completa a seguir:

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João Pedro Camacho

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