Foto – Reprodução: Global Badminton
Com formação internacional e experiência nas quadras de São Paulo, a treinadora piauiense France concilia a rotina entre o Esporte Clube Pinheiros e a Global Badminton enquanto é mãe de duas meninas e esposa de Éder Cruz, um dos treinadores mais respeitados do país. Mesmo com o dia a dia cheio de tarefas, encontra tempo para revelar talentos, incentivar a saúde e quebrar barreiras como mulher no esporte.
Da Seleção Piauiense ao mundo
France deu os primeiros passos no badminton ainda no Piauí, quando começou a estagiar como preparadora física da Seleção estadual. O estágio se transformou em uma oportunidade maior: ela se tornou auxiliar técnica e passou a buscar qualificação internacional. Fez cursos na China, Guatemala, México, Espanha e Peru.
Foi em 2016 que a mudança para São Paulo aconteceu. France passou a integrar o time da Global Badminton. No ano seguinte, aceitou um convite para trabalhar no Esporte Clube Pinheiros, onde atua até hoje com atletas de alto rendimento.
Dupla jornada: iniciação na Global e alto rendimento no Pinheiros
Hoje, a Fran, como é carinhosamente conhecida, divide sua rotina entre dois mundos distintos do badminton. Na Global, trabalha com crianças, adultos e idosos, de iniciantes a avançados. “Aqui as pessoas estão na iniciação, mais focadas em aprender a jogar badminton”, explica. Já no Pinheiros, a exigência é outra: é o desenvolvimento de atletas de ponta.
Uma mentora de Juliana Viana
Entre os nomes que passaram pelas mãos de Fran, um se destaca: Juliana Viana, atualmente a principal atleta feminina do Brasil e integrante da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A relação entre as duas vai além da quadra. Fran foi técnica de Juliana quando ela começou a praticar badminton aos seis anos e ao longo das viagens e treinos, virou uma espécie de segunda mãe para a atleta.
“Enquanto algumas crianças brincavam, se distraíam, a Juliana sempre foi muito focada. Desde nova, muito disciplinada, preocupada em melhorar. Além de talentosa, ela leva muito a sério o trabalho dela”, lembra com carinho.
Ser mulher e treinadora
Na busca por espaço no meio técnico, Fran não sentiu resistência nos cursos, onde a BWF tem projetos de inclusão para treinadoras. Mas reconhece um obstáculo: “Existe uma certa resistência dos meninos de serem treinados por uma mulher”. Ainda assim, ela segue firme, mesmo equilibrando os treinos com a maternidade, sua maior escolha e por vezes, também seu maior desafio profissional.
Badminton para todos: saúde, inclusão e convite à prática
Mais do que formar atletas, France acredita no badminton como ferramenta de transformação social e bem-estar. “Primeiro por conta da questão da saúde, e segundo, pois é um esporte completo: envolve agilidade, coordenação, força, velocidade e resistência”, explica. Ela reforça que a prática é democrática: “Não importa sua idade, se você está acima ou abaixo do peso, você consegue jogar”.
E convida quem quiser conhecer a modalidade de perto, pode visitar a Global Badminton, um espaço exclusivo e aberto a todas as idades.
Confira o Resenha Badbrothers com a Fran completo seguir:
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João Pedro Camacho